quinta-feira, 3 de março de 2011

"Memória Dele" (Poesia àquele Véi)



Lembro...
... Me faz pesar, o tempo
E vereficar, a diferença que há...
Na ausências de certas pessoas nele!
Meu avô
Sua cadeira...
de balanço
O seu cachimbo
O balanço
O rio
Seu olhar por ele...
Um mapa de memórias
Cada onda com suas estórias
Rios fazem ondas de vento
Ondas de tempo...
Lembro Vó,
Olhinhos pequenos
Emprestando o brilho, as ondas
reflexos do sol,
Dizia:
"É mintira desse caduco,
Num tá venu
Que ele num ia pudê fazê uma coisa dessa!"
Riam ... eu, besta ...
Minha irmã, mais besta ainda
E o véi meu avô,
Que de besta num tinha nada
De meu avô,
A memória...
Sempre foi uma namorada
Falando-lhe... mesmo calada,
De seu cachimbo,
Em cada baforada...
Lembrança fumaçada
Um tudo, um nada...
Um, numa vida passada
... a passada
Hoje, cá aonde vô
Sei que ele,
Meu avô...
De herança
Me deixou...
Só de lembrança,
Sua memória inventada
... assim vô
In'ventando eu,
Por cada lembrança, passado!




(Igor Barbosa)

2 comentários:

Francis Carraldi disse...

Bela e saudosa...

Igor Barboà... disse...

Obrigado Francisco, você sempre me prestigiando com a sua atenção!

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