sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

"Vens-ido"



Tudo que se teme perder
Já se faz perdido
prefiro viver
Como que já tivesse vens-ido!






(Igor Barbosa)

Movie in Mente



Te encontrei em um filme
Tu eras uma cena,
Cinematica, plena...
Depois, veio a próxima...
...cena...
a ser, na mente...
a cena mente... acena mente!
... acena, mente!





(Igor Barbosa)

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Reti-essências


Reti essências naquelas reticências
Pontos de pensamentos e descoerências
Três fins fazendo desfindamento
Ponto,ponto, pronto!
Re-Ti sem SI, as minhas idéias...



(Igor Barbosa)

Consuma-ção



Como um cão
Que baba pela consumação
Como um cão
Que subitamente
Muda a feição
Diante do que o possui...
Morder... abocanhar...
É tudo que enquanto você pensa,
Ele se põe a fatalisar, realizar-se ...
Como um cão,
Eis uma boa intenção!





(Eu's)

sábado, 25 de dezembro de 2010

Minha Mentira


Minha mentira é tão minha
E tão linda, que nem se pertence
Nem me pode pertencer
Inventei minha mentira
Para contrapor um mundo
Que em "verdade", me vence...
Mas que não pode me vencer!

Minha mentira, eu ganhei do tempo
E de uma manhã em que se acorda
Cedo e feliz e nem se sabe o porque

Minha mentira veio, e de mim
Evadiu-se um sorriso, só seu,
Involuntário a se dar...

Minha mentira roubou-me
A tristeza, a pobreza,
A frustração no olhar

Minha mentira, mentiu-se pra mim
E assim, me trouxe, uma verdade sua,
Felicidade nua...
Mentira de verdade!

Acredito na minha mentira,
E me julgo bobo por isso,
Bobo de verdade!



(Igor Barbosa)

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

QUANDO O TÍTULO É "maior"... QUE A POESIA, EIS UM POEMA QUE LEMINSKI FARIA!






Ti...
Tu,
... -lô
!








(Igor Barbosa)

"Com Some"



Vicio é aquilo que não deixa indício.
Nenhum rastro,
Um cadaver e um precipício!






(Igor Barbosa)

"Khris-tós"


Rezou vida, e não adiantou
Pediu de graça, e teve que pagar
Sangrou a taça, mas não pode entornar
Deu-só... um gole.




(Igor Barbosa)

"Sub-instância"



Corpo simples
Gozo plácido,
Deus ou
Um acido?




(Igor Barbosa)

"Come...Morre"



Nunca se sabe o que se ganha
Até que se perceba
A perda...
Que o ganhar provoca.



(Igor Barbosa)

"A-nexo"



Na sanidade
vi, um novo tom...
Loucura é tomar
O que se faz,
Para além de mau ou bom.



(Igor Barbosa)

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

"Apto-conhecimento"



E tenho

dito
cada
um
sabe o som
de seu
apito.



(Igor Barbosa)

"Estais...Sonhes"



Tive um amor
De verão
Veio
O outono, e ela
S o l t o u
Minha
Mão!




(Igor Barbosa)

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

"Sum Superavit"



De repente,
Um pensamento
Me ocorre:
Um poeta só
Nasce,
Depois
Que
Morre!



(Igor Barbosa)

sábado, 18 de dezembro de 2010

"Fraco Aço"



Após um fracasso... Primeiro o pé, depois o passo.







(Igor Barbosa)

“Reflexina”


Frente ao espelho,

ria ... Menina

... Consome

a alegria

Que o reflexo te ensina

Sina, é alegria, a tua...



(Igor Barbosa)

[...]ex-o-Romântico













(Igor Barbosa)

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

"Cacto Flor"

Cacto canto
Pra butá
Cacto flor

Cá qui fique baixo
Cá qui altiô
E onde é que encaixo

A minha, de cacto, flor?

(Igor Barbosa)

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

"Vasta Menina"




Tinha o semblante vasto, que se estendia
Pelos seus cabelos volumosos
Transbordando significado...
Tomava a cena, como um close numa alma plena
Enchendo a vista, me sufocava, o seu olhar
Um rosto impactante...
Uma mulher com o brilho de um diamante
Seu sorriso regia-me, numa alegria besta
Alegria de criança, menina...
Naquela mulher encontrei,
Fantástica Menina!
Aquela Fulana chamada Regina
Rege, na face, vasto encanto
E me fascina... Regi... na...
Vasta Menina.

(Igor Barbosa)

domingo, 12 de dezembro de 2010

À Ladra - ( 3º Poema da sério: "Quatro Poemas de Se Perder Um Concurso." Não perca o próximo)

Se tu subires ao céu, eu desço
Se tu adentrares ao inferno, eu saio

O teu céu, faz meu inferno
O teu dia, faz minha noite
O meu inferno é ti ver

Tudo que tu fizestes, foi nada
Tudo que tu quisestes, foi tudo
Aceitei a tua lei... mudo

Mas hoje mudo...
Não quero sequer, te ver

Não quero te saber
Ladra covarde

Tudo que levas, pra ti
Em mim, arde

Arde a falta, no que sinto mais
A saudade de tudo que tu não me traz...







(Igor Barbosa)

sábado, 11 de dezembro de 2010

Da ausência de nosso último "primeiro encontro", Capitolina.

Aquela mulher que encontrei sem procura... "encontrei-me-a", em si, e que depois procurei, no meu cansar... Outro dia estava subindo as escadas do departamento e de súbito, o universo brincou com meu tormento... Esbarramos um no outro, quase misturando nossas pressas, nossas angustias por se dês-apressar, pareceram ainda maiores naquele momento...

-Oi! Nossa que evento, como é difícil encontrar essa mulher, tão ocupada! (risos simples)

-(risos simples complacentes) O que é isso rapaz, olha a idéia que você faz de mim. (negando só por negar, sua demasiada ocupação)

-(Falei dos poemas) Quando você me manda os seus? Ainda não me mandou, e prometeu!

-Mando por E-mail, mas já disse que não sou poeta.(uma "não-poetisa" poética)

Devia ter dito que não era nenhum critico, só queira poder re-tê-la em suas poesias. Ao invés disse:

-Tudo bem, não tem presa, eu espero.(negando só por negar, minha demasiada agunia)

O Súbito acabou-se, de encontro, nos abraçamos. Numa ação covarde, sorriu sem me avisar, para que me protegesse de sua alegria.(quando vi já era tarde...) Mais covardemente ainda, no abraço que nos demos, roubei-lhe o cheiro de seus cabelos. Quando consumi por completo aquele cheiro, como fosse possível apaga-lo de minha mente, ela já tinha se ido, mas o cheiro de seus vastos cabelos ficou até um primeiro suspiro...

Idas nossas pressas, ficaram as agonias em se re-apressar, re-correr aos dês-afazeres acadêmicos. Subi, descendo as escadas... Mandei meu corpo ir escrever seminários sobre "prática social" e minha mente, já sem fôlego, foi viver na prática atrás dela, aquela "não-poetisa" poética. Porém, para a minha surpresa, acabados ou frustrados meus dês-afazeres, fui-me daquele departamento, cárcere de nossas pressas, como quem já não estivesse lá a muito tempo.

Na fuga, me deparei com algo que me deixou estático novamente. Re-senti de súbito enquanto aproximava-me daquelas escadas, o fantástico da ausência de nosso "ultimo primeiro" encontro, estaria ali presente. Quando pensei em descê-las, lembrei-me novamente daquele momento, como se já fosse possível, lembrar-se do que não se teria esquecido.

Apressei o passo, criminosamente desesperado, pensei que podia esbarrar nela novamente, no meio das escadas, como da primeira vez. De repente passou pela minha cabeça: "Quem sabe sua pressa não a tivesse feito esquecer alguma coisa, que agora voltava pra buscar. quem sabe quisesse pensar que esqueceu, e assim esquecer por se lembrar."

Me enchi de esperança, minha pressa passou, tive agonia... como caminhava pelo corredor fiz a curva e desci as escadas, todo meu monólogo seria em movimento, não iria parar por hesitar maior tormento. fingi ter certeza. Re-espirei aquele encontro de pressas, com bastante calma, encerrando minha decida no local e no final daquele primeiro suspiro que estendera até tal momento.

Ela não estava lá, mas daquele dia até agora, subir ou descer, caminhar o correr por aquelas escadas, ainda me traz seus vastos cabelos, seu criminoso sorriso de encanto, assim como seus olhos de se olhar, o brilho. Já mesmo nos dês-re-encontros, insisto em nos re-encontrar, e nem o posso fazê-lo diferente, pois o cheiro daqueles cabelos, nos re-traz em minha mente.

Fica agora a necessidade da amnésia, ou pelo menos, a perda do olfato. Enquanto elas não vem, lembro e cheiro aquele nosso ultimo primeiro ato.


(Igor Barbosa)

"Rimanceira"- (2º Poema da série: "Quatro Poemas de Se Perder Um Concurso", não perca o próximo)

Minha cabeça rima,
Como uma bola
Descendo a ladeira
Por cima de pau e pedra

Bola, minha cabeça rima
Descendo ladeira inteira
E quando chega lá em baixo...

Bate na quina, daquela parede
Minha cabeça rima
Como pra baixo e pra cima
Sobe e desce...
Rima mesmo que não me interesse.

(Igor Barbosa)

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Êi...

Pessoal esses dias estarei postando pra vocês os outros poemas que escrevi para o concurso Flor de Cacto, os que não foram premiados. "Um Corpo" foi o primeiro deles, faltam três ...

"Um Corpo" (1º Poema da série: "Quatro Poemas de Se Perder Um Concurso", não perca o próximo)

Um corpo só,
um corpo dói
um corpo vira pó
Ou o verme rói

A casa onde vivo
Será, no seu dês-futuro
O lar de um habitar nocivo,
onde virá morar o escuro

Corpo que nunca foi puro
Macio tecido, pele
Esqueleto banco e duro,
Casa que me adere...

Dói a vida a passar por ele,
Não cabe no pé o passo!
Espessa sufoca, a pele!
Resiste, mas não é de aço

Tudo que o toca, o fere
Se enche de ar e expele
Antes de dormir, espere...
Fechar as lentes da pele

Em um cômodo escuro,
Um corpo só
Um corpo em paz
Um corpo é nó,
E no fim... Desfaz!

(Igor Barbosa)

Esse é em homenagem ao Augusto dos Anjos.


quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

R up tu r as (Poema em transito, Porque aqui, nada será acabado, perfeito...)

Corte A Corda

Rompa O Cordão Umbilical

Atravesse A Borda

Quebre O Refrão Banal

Desfaça A Arrumação

Embaça Tua Visão

R UpT u Ras, R uP tU r As...

Te dEs-venc-Ilha

De Quem Tu Não A-turas

Levanta e sAi

Se Não Es-tá bom Aqui

Grita e vAi, Antes do si-nal

tEu grito sur-do

Quebra Tu-do O quE é for-mal

O Que For Mau... Ou Igual

Pula an-Tes de par-ar...

Bota A Cabeça Pa-ra Fora, Olha o c-Éu

olha o sEu... rE-flexo Na Pa-rede De vIdro

Entra... Tá Si-lêN-cIo? Diz, hÊI! e sAi.

Ri... E Rima, Rouba Um B-eijo

E Que-br-a Um Cli-ma

Ten-ta des-grud-ar

Do-is Ped-aços DE um ÍmÃ

Vai pr-a BaIxo...

Quando To-do m-Un-do For prA cImA...

B-aixo dO Lençol

b-aix-o do Ju-az-ei-r -o

bai-xo Da Lona D-o C-irc-O

En-cI-ma do Pic-a-dei-Ro!

VaI dE ca-r-o-na, D-eixa De sE-r Passa-geiro!

Dis-corda , e puXa...

Diz Fada, E rOuba A Vas-sOura Da Bruxa

Diz RE-pente, dis-plic-E-nte, Diz cont-e-nte...

Des-faz, diz mAis ... diz jaZ

O quE tU fo-I nÃo é ma-is

E de tu-d-o QuE fOi Tu...

Só-mente per-dura-s ... nAs som-bra-s

dE tu-as per-c-as Ru p turas .


(Eu's)

Quem Passa:

Minha lista de blogs

Pesquisar este blog