Eu sou a virgem do sacrifício,
sou as coordenadas do míssil...
sou aquela criança ferida
que achou uma bala perdida
Sou a contra gosto
o soco que marcou teu rosto
dos idosos sou na memória
pouco a pouco...
o que retira-os da história
Sou quem sangra em quem féri
sou a dor frente a culpa
abandono, a dizer, não me esperi
Quando passavas na rua
eu fui a presença da ausência
muito mais que tua bolsa
assaltou tua vida..
te deixando de alma nua
te deixando de alma nua
Eu sou teu sangue escorrendo
entre os paralelepípedos quentes
por onde passam os que vão vivendo
a demência que se instaurou nas mentes
sou o fracasso daquele que escreve
o inusitado medo em quem sempre se atreve
sou a falsa satisfação, sou o vício
sou aquele remédio que arde e não cura
sou aquela palavra que implode o peito
sou o teu brinquedo novo que deu defeito
Sou teu engano irreparável
o novo no cotidiano imutável
O queM sou eu ?
(Eu's)
entre os paralelepípedos quentes
por onde passam os que vão vivendo
a demência que se instaurou nas mentes
sou o fracasso daquele que escreve
o inusitado medo em quem sempre se atreve
sou a falsa satisfação, sou o vício
sou aquele remédio que arde e não cura
sou aquela palavra que implode o peito
sou o teu brinquedo novo que deu defeito
Sou teu engano irreparável
o novo no cotidiano imutável
O queM sou eu ?
(Eu's)